Olhando a frágil imagem da escritora Cora Coralina, e lendo seu poema que diz: "De pedra foi meu berço, De pedra tem sido meus caminhos, Meus versos: pedras quebradas no rolar e no bater de tantas pedras", penso na rocha em que ela se transformou e na que eu poderei ser.
A comparação gerou-me uma certa satisfação e algumas incertezas: que tipo de pedra serei? Que tipo de pedra esculpo em mim todos os dias? E ainda, será que o faço?
Bater o martelo sobre a matéria escolhida, até que ela se torne o que penso ser.
Esculpo meu próprio destino com as interferências naturais do que agora vivo e daquilo que me cerca.
Um auto-retrato de pedra que todos os dias rola como as pedras de Coralina.
Esse registro fotográfico foi feito por um anônimo, em abril de 1985, e é uma das últimas imagens de Cora Coralina.
Olá! Cora Coralina é uma grande poetisa, mesmo tendo publicado seu primeiro livro com mais de 70 anos.
ResponderExcluirUm passeio muito interessante é a visita em sua antiga casa na Cidade de Goiás que hoje é um museu. Mesmo tendo ido lá na primeira infância, é ótimo local para refletir e fazer essas divagações.
Essa fotografia foi muito bem feita, chama a atenção para a simplicidade da velha senhora Cora.
Anna
http://castanhadechocolate.blogspot.com
Oi Anna, primeiro quero te agradecer por seu comentário, que ilustra muito bem o que Cora Coralina representa e também pela lembrança da visitação à casa de Cora, que virou museu.
ResponderExcluirEssa fotografia é linda mesmo e, por ter sido tirada em seus últimos momentos, o registro fica ainda mais forte, não é? Grande abraço e volte sempre ao Posso Falar?, ok?