segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Romper para Crescer o Alívio

Nada alivia e dá mais tremores do que um rompimento que já deveria ter sido feito há muito tempo. A sensação de alívio se dá quando a coragem vem dizendo que isso é o certo a ser feito e, na mesma proporção, os tremores não deixam dúvidas de que essa é uma necessidade inquestionável e que demorou muito tempo para ser realizada.
A confirmação vem quando a lembrança de situações vividas vem à tona, sem mandar recados e torce as vísceras, fazendo com que a realidade, apesar de dura, torne-se sua companheira mais fiel. Todos os laços caem no chão e enlameiam o que se pensava ser uma construção sólida, para sempre.
São vários fragmentos que atropelam o pensamento, mas não deixam de ter a clareza necessária para que decisões sejam tomadas, doa a quem doer, inclusive para quem rompe. O medo é um elemento que as embota por vários motivos, também pertinentes, mas que não impedem que vozes tenham voz ou que atitudes sejam tomadas em favor de algo que não se quer mais sentir.
O coração bate mais forte, o sangue esquenta e esfria ao mesmo tempo, porque não é tão fácil assim perder, mas, perder o quê? Perder a oportunidade de não mais viver presenças abjetas? É preciso ser muito forte para ter o distanciamento e entender que se você não quer para os outros, porque querer para si mesmo? Então, quanto mais se libertar de pesos e medidas que você sempre rechaçou, mais autêntica se torna a sua vida, não só pra si, como também para aqueles que são amigos reais e não factoides, que pensam apenas em si e acham que estão acima do bem e do mal. Pior ainda, que acham que merecem ser aturados como moeda de troca.  
Ninguém precisa engolir sapos, ou aturar determinadas coisas em nome sabe-se Deus de que ou de quem! Ah, a liberdade é uma benesse, principalmente para aqueles que já foram humilhados demais e precisam sair da faixa de gaza imediatamente.    

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