quinta-feira, 6 de março de 2008

O presente e a saudade

A saudade de mim, do que eu fui,
está no abismo do tempo.
Insustentável, diluído,
o tempo traz a saudade intransponível.
Ela vem com suas garras,
te abraça, te lança para o passado
e, num salto, que te acaricia.
A saudade te remete aos amores, à ingenuidade...
te faz pensar no quanto seria boa essa volta,
mas não tem retorno.
Ela serve para isso mesmo,
lembrar o quanto se caminhou,
o quanto se fez,
o quanto tudo é positivo,
apesar de tudo.
A saudade traz para o presente o passado,
como num flashe
e o senhor do tempo nos diz que ainda temos muito que caminhar,
temos muito que gerir,
temos ainda que produzir muito
e que não há cansaço nisso.
A saudade e o tempo se encontram
e trazem em suas bagagens as nossas lembranças
daquilo que fomos e o que ainda seremos.
Uma nostalgia os acompanha, naturalmente.
O nosso olhar muda de janela
e se enverga para dentro,
mostrando acertos, erros e um tanto de cor,
seja em preto e branco ou multicolorido,
vai depender da cor que você pintou a sua vida.

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