Corro pra dentro de mim
na tentativa de me salvar
de minhas lembranças,
de tudo o que não quero ser.
Corro para não me ver morrer
caída em meus escombros
que soterram o que eu sou,
o que preciso ser.
Ilhada pelo lixo que criei,
as portas não se abrem em minha volta
e economizo ar, quieta,
até que veja a luz na fresta.
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