quinta-feira, 3 de abril de 2008

Monges Tibetanos - A Clausura pela Liberdade

Em agosto teremos as Olimpíadas de Pequim, mas o quê acontecerá depois disso na China, no Tibet? Maquiar a tirania não é uma coisa fácil, para o mundo que agora conta com o suporte da tecnologia, da velocidade da informação. Muita coisa se esconde por lá, por trás da muralha, ainda. O povo tibetano que enfrenta, desde 1950, a mão de ferro chinesa, agora trava mais uma batalha, onde monges fazem seu movimento pacifista pela "autonomia e não pela independência do Tibet", segundo o próprio Dalai Lama.
Segundo os dados oficiais, 19 pessoas foram mortas desde o início do conflito, no começo de março, mas, de acordo com o Governo tibetano exilado, esse número já passa de 140. Mais de mil e oitenta pessoas foram presas por distúrbios, em Lhasa, e 280 se entregaram à polícia, no mês passado. Os casos serão julgados antes de maio.

Segundo Dalai Lama, as tropas enviadas estão reprimindo duramente os tibetanos e ele pediu à Comunidade Internacional que apoie as visitas dos jornalistas e médicos às regiões mais afetadas pelo conflito e também que seja criada uma equipe para desenvolver uma investigação independente.

Na China, a censura é um instrumento de repressão do governo, no que diz respeito à arte, à internet ou a qualquer outra manifestação que "possa prejudicar a unidade nacional", ou "gerar ressentimentos". Os produtores de shows precisam ter aprovação prévia do repertório e das letras das músicas. A cantora islandesa Björk, por exemplo, se apresentou em Xangai, no mês de março. Logo depois de cantar sua música Declare Independence gritou "Tibet, Tibet", numa clara manifestação pró-Tibet. Depois desse fato, o representante do Ministério da Cultura da China disse que "vai endurecer os controles sobre cantores e outros artistas estrangeiros".

Hoje, o ativista de Direitos Humanos Hu Jia, de 34 anos, foi condenado a três anos e meio de prisão, pelo crime de "incitar a subversão do poder do Estado e do sistema Socialista". Hu é ativista de campanhas de proteção ao meio ambiente, liberdade religiosa, defesa dos direitos dos portadores do vírus HIV e um crítico de seu país em assuntos que dizem respeito aos Direitos Humanos. Representantes da União Européia e dos Estados Unidos, na China, ficaram consternados com o veredicto e pedem sua libertação.

Segundo a Anistia Internacional, Pequim está usando da repressão e atacando àqueles que criticam o governo, com o propósito de apresentarem uma imagem de estabilidade e harmonia, às vésperas do Jogos Olímpicos.

A Internet que estava bloqueada, agora já foi liberada, por conta da pressão do Comitê Olímpico Internacional ao governo central de Pequim. A censura à internet impedia o acesso de jornalistas que estão naquele país para cobrir as olimpíadas e dos 132 milhões de usuários chineses, que passam 18 h, por semana conectados à rede mundial de computadores. A BBC de Londres, que durante anos teve suas páginas bloqueadas, a CNN e o You Tube, que foi censurado porque exibiu imagens do Dalai Lama sendo condecorado pelo Congresso norte-americano, agora têm uma "quase" liberdade.
Hoje há um grande número de pessoas pelo mundo a fora, que está imbuída nessa luta pela paz e pela libertação do Tibet. Com essa grande articulação global em pról do povo tibetano, essa luta será vencida por todos os homens de bem. Afinal de contas, são nossos irmãos que estão sendo humilhados e reprimidos em seu próprio território, vivendo sob o domínio e tirania de quem aprendeu a governar através da imposição da ditadura e do desrespeito aos direitos fundamentais do ser humano.

Um comentário:

  1. Não sei quando irá parar, não sei onde irá parar, não sei se ira parar nalgum dia.
    infelizmente.
    beijo
    PAZ

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