terça-feira, 1 de abril de 2008

CUP - A faculdade que não se esquece


Neste próximo sábado terei um encontro fantástico com meus amigos do CUP. É sempre uma grande excitação, que me leva ao passado, onde fui tão feliz, fiz tantos amigos queridos, que continuam até hoje, como Jô Ramos, Luíz Esteves, Paulinho Baiano, Marcelo Godoy, Rita Rico, Lílian Francisco, Simone Fernandes, Eliane Cavalcanti, Tânia de Paula, entre tantos outros.

Trinta anos se passaram e nesses encontros sinto minha alma renovada, querendo cantar e escrever de novo, abrir meu coração e dar um grande abraço em todos eles. Mesmo depois de tanto tempo sem ver muitos deles, sei que não perdemos o link. Tá tudo aí! É bom demais sentir o mesmo apreço e entender que nossa época foi vivida com voracidade e veracidade, apesar de aquele período ter sido o de um Brasil de muita repressão. Estávamos em plena ditadura, mas tínhamos uma fome de conhecimento que não se explica.

Meus amigos continuam irreverentes, fazendo cada um seu trabalho, com um pouquinho mais de quietude, mas sinto que ainda há uma gana de colocar o bloco na rua. Está tudo aí, mexido e mexendo com a nossa força interior, que nos moveu e que ainda nos move. Fizemos tantas coisas juntos, tantas festas, vinhos, cervejas, sinuca, bar do "Seu Mosca", cantoria, galinhadas da Ritinha, violadas com Malagute e Euclides, o cachorro Kikoko, muitos risos, palavras, idéias...

O CUP era uma faculdade experimental e tínhamos liberdade para usar cada centímetro daquele espaço: laboratório de fotografia, de vídeo, de línguas, o Bosque, o palco, onde fizemos vários shows "Prata da Casa", exposições de fotos, de artes plásticas, "Poesia Ambulante", que levou esse nome porque os poemas eram expostos em uma espécie de arara com rodas. Essa arara rodava por todo o pátio da faculdade e, assim, todos tinham a oportunidade de ler e pregar seus poemas. Fizemos libretos de poesia também. Maravilhoso!!!

As lembranças do bosque são inenarráveis! Muitos sonhos foram formados lá. As conversas eram intensas, plenas de juventude. As aulas com Renan, Santeiro, Marquinhos, Ivone Velho, Ana Arruda, Ítalo, Juvenal Portela, Hugo Denisar, Carlos, nos auxiliano no laboratório de fotografia; Cleri, com sua peruca laranja, colans bem apertadinhos (às vezes de oncinha) e saltos altíssimos, a fazer toc toc pelos corredores (lá vem Cleri!); o jardineiro Aristídes, sempre jogando uma conversa fora com os alunos e por aí vai...

Saudade também do Centro Acadêmico, onde questões eram levantadas, planos eram feitos, paqueras; do Vídeo-Clube, com Sérgio Moreira. Enfim, era uma alegria acordar ainda morrendo de sono e ir para o Cup. Ô gente maravilhosa!

3 comentários:

  1. Bom reencontro, beijos um peixe chamado irmã.

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  2. Adorei,pena não está na sua lista de lembranças...mas..nem tudo é perfeito-imperfeito.
    bjs

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  3. Solange você me fez viajar no tempo. O CUP era tudo isso que você escreveu e muit mais.

    Beijos

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