Única palavra que me veio à mente, ao ver meu amigo morto, foi: sacana, sacana!; e assim o fiz chorando. A voz saiu num tom que não era o que queria. Poderia ter sido mais baixo. No entanto, sem controle falei alto: sacana, sacana! Acho que pensei que ele poderia ouvir e levantar com uma gargalhada. Não foi o que aconteceu. O sacana não se mexeu e me deixou chorando em prantos, bem ali, diante de seu corpo inerte.
Tem coisas que a gente não acredita e tem que ver pra crer e tive que vê-lo, embora soubesse que não deveria, mas fui mesmo assim.
O danado se foi sem a maquiagem costumeira, sem nariz de palhaço, sem pedir permissão!
Só penso em exorcizar esse momento e por isso o conto aqui, pois a dor compartilhada, acredito, diminui sua intensidade e nos mostra os ângulos que ela nos embute.
Mesmo com o coração apertado, uma batedeira, precisei me superar e acordar para a vida real, que, feia ou bonita, me dá conta de que ela vai seguir seu rumo e que ela é crível, apesar de nos levar a sentir dores e também amores.
Meu beijo mais querido para você meu amigo Nelmo Ricardo.
Um cara bom,bom carater,estive internado no hospital e la foi ele me consolar sem saber quem eu era e me fez rir,me deu animo,vi que nao estava tudo perdido e hoje estou escrevendo em forma de fazer uma homenagem a essa grande alma,tenho certeza que Deus deve estar precisando dele,por isso ele foi,foi alegrar alguem que esta precisando mais do que nos,vai com Deus amigo... H G
ResponderExcluirHG, seu depoimento só vem reforçar o que todos nós sentimos e sabemos de Nelmo Ricardo: uma alma boa, pura e que emanava seu carinho aos que o cercava. Grande abraço e muito obrigada por seu comentário tão comovente. Volte sempre, Solange
ResponderExcluirSei como é Sosso, foram mesmo dias dificeis estes aqui.
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