Sábado, dia 14 de junho de 2008, a música brasileira perdeu seu cantor maior, Jamelão. Hoje, vendo em meus guardados, li um poema que fiz ao ver uma escola de samba passar. Pode ter sido a minha querida Mangueira, que deslisava na Avenida embalada pela voz dele, o Intérprete. Gostaria, então, de fazer essa pequenina homenagem a esse gigante, Jamelão, que gravou músicas que fizeram enorme sucesso durante seus bem vividos 95 anos.
A escola marchando
A mulata sambando
Frenética dor que balança,
Agora é só lembrança
A cadência do passado
Ficou descompassada,
No ritmo que passa,
Que rodopia empalhada
O samba em cada ruela
E os anos passam na favela,
A desfilar suas mazelas,
Na ginga da dança esperta
Ele e ela rodopiam
Exibindo sua enorme euforia
Na saia rendada, bordada
Transbordando pura alegria
Alegria que desbota
No batuque que retorna,
À vida passada em prosa
No canto, a dureza, faz troça
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça aqui seu comentário