quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O quê faremos da Água e o quê ela fará de nós?

Vocês não devem deixar de ler a apresentação da tese de meu amigo Elmo, doutor em engenharia ambiental e professor da UERJ, que está no comentário da matéria "Maluco Beleza e a Natureza". É só clicar no título que ela aparecerá. Sua tese de doutorado foi sobre a "Água" e o que o motivou a fazê-la, foi exatamente o Rio Bengalas, que corta a cidade de Nova Friburgo, tema do enredo do bloco. Demais, Elmo! Temos a mesma memória desse rio tão sacrificado e as mesmas preocupações.
Todos os dias tenho que atravessá-lo pela pontezinha, para chegar ao outro lado da Avenida e fico observando seu andamento. Uma lástima! Ele está sempre tristonho, sem vida. Sua margens foram retiradas e, mesmo que a paisagem anterior fosse igualmente medonha pela sujeira que nelas jogavam, ainda tinha um matinho que dava-lhe um certo "charme", digamos assim.
Acho que o Bengalas tem sofrido com o descaso das autoridades, sim, e da população também, como bem disseram os autores do enredo do Maluco.
Nunca ninguém se preocupou, ou melhor, uns poucos se preocupam com o destino da água no planeta. Hoje, a gente percebe que, mais que a água, o foco maior do homem está em achar mais petróleo (moeda forte), que gera tanta poluição no mundo, enquanto a água, que é fonte de vida e energia limpas, continua sendo preterida.
Nossa sorte é que sempre tem alguém que nos coloca cara-a-cara com a realidade e nos faz pensar. A água é um tema vastíssimo e teremos muito o que falar por aqui, porque ela sim, é um bem da humanidade que, certamente, se esgotará.
As mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo, tudo brotando fora de hora, excesso de chuva, frio, calor, tempestades, neve, degelo, incêndios, desmatamentos, formam um conjunto avassalador. Tudo tem vindo com uma força que assusta por sua brutalidade e isso nos faz perceber a nossa pequenez e fragilidade diante da natureza. Nos faz perceber também o quanto somos omissos em relação a tudo isso. Acordar para essa realidade é impreterível!

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